19/02/2009

as palavras que nunca te direi...

Não percebo como foi... onde foram poisar as memórias de bálsamo...

Descubro que desconheço onde descansam as estórias, as vivências...

"Amalgama disforme de sentimentos" é a nova forma de estar...

Não te sei dizer como fizemos tanto com tão pouco...

Como rimos e criamos... como nos descobrimos cúmplices um do outro neste mundo tão grande.

Tão desesperado...

Nunca saberei explicar como construimos o castelo... de que é feito...

Só lhe distingo o aroma a baunilha e o suor dos corpos na cama...

Nunca te direi os arrepios dos acordares mais ternurentos, nem os abraços aconchegados no instante que antecede ao fechar das pálpebras...

Nunca nos diremos sobre a comtemplação do primeiro adormecido, nem do decorar do cheiro e do toque do cabelo, do calor das costas e da respiração...

Do abanar em contratempos...

E do sol a emoldurar a lua negra de lágrima branca na parede,

Nunca te direi o arrepio dos teus dedos nas minhas costas e nunca me saberas dizer o sabor da minha pele...

Nunca te saberei explicar onde te criei e com o que te criei...

E nunca saberei se me viste sempre toda...

Não encontro nada.

Não sei onde estão os nossos quadros, os nossos risos e a verdade dos olhares...

Não sei para onde voaram as noites boémias, os abraços e os risos...

Imagino um plátano de outono do qual caiem as folhas docemente para o chão...

e com cada uma cai um pouco deste mundo... um sorriso, uma lágrima, um beijo, outro olhar... espelhado em cada folha...

Nunca te direi que foi tudo verdade...e nao acredito que mo digas um dia...

Nunca te direi que tudo fica, eternamente, em algum lado que desconheço...

Só sei que fica.

E que Existiu.

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