Aonde os meus pés estiverem,
Aí estará a minha raíz, para me erguer e me lançar
Nas asas do vento, da chuva, do sol...
E quando os meus galhos abanam e estremecem,
É o meu tronco a sacudir os ramos
Os frutos e os talos,
Que só a lucidez já me quis...
E quando a minha voz faz questão de dar o meu silêncio
E o meu coração revelar o meu segredo, é que
A Lua virá para alternar as minhas marés,
E as estrelas guiarão os meus pés...
E quando o que em mim é Sagrado, se torna Profano,
É que, anunciada a Vida, tenho um querer mais cigano,
É que a luz destas noites me quer com mais clareza...
E nas veias do Mundo eu sou sangue que alimenta,
Sou coragem.
Que as estradas da Vida são uma eterna coragem...
E nelas se revela a nossa Natureza.
Lugar à Cultura 24Fevereiro 2010 Parte3
Há 13 anos