Tenho nas memórias púrpuras
A cor das cortinas da sala grande,
No gira discos o vinil das cantigas
Á volta da mesa que escondia amêndoas.
Mantenho os pés esticados nas costas do sofá
No olhar eterno e sorridente das caras do amor
Tenho o sorriso solto, espalhado e louco
Partilhado nas correrias pelo corredor
Era a casa abrigo
E nela havia flores…
Eram as rosas inglesas que abriam o portão
E as sardinheiras em flor…
Tenho a rampa de entrada,
Na garagem, a porta rodava!
Cheirava a cola…
Nós no chão…
Bonecos, formigas e vizinhos…
Como explicar?...
Era esta a casa…
Absoluta!
Tenho no pátio-azálea a mesa redonda,
O Guarda-sol.
Os almoços únicos
e o chá das primas…
A marquise dos bonecos da mamã, esquecidos
E noutros dias, dos pardais vencidos,
Caleidoscópios…
viagens de mil cores…mais mil odores.
Tenho o cesto de basquete
Nas rodinhas a bicicleta…
Os arranhões dos coelhos na chegada a casa…
O vinagre intenso na cura da asa…
Tenho o sabor do sabão na cara
Na primavera eterna daquele quarto…
Os cabelos brancos e longos penteados na noite
Ao espelho antigo de camisa branca…
Tenho o acordar mais doce da minha vida
E a lágrima da saudade como prova amiga,
Tenho a sala minúscula no livro da Cinderela,
Tenho aquele regaço enorme,
O abraço dela…
Tenho as histórias sem fim no colo sentadas,
Televisão amarela a contar piadas,
A renda por cima sempre arranjada
O cheiro do pão... da roupa lavada
Trago na memória as flores,
Que rego hoje no meu jardim,
Recordo eternamente as cores, os sabores…
E tudo aquilo…
Eu Tenho em Mim.
A cor das cortinas da sala grande,
No gira discos o vinil das cantigas
Á volta da mesa que escondia amêndoas.
Mantenho os pés esticados nas costas do sofá
No olhar eterno e sorridente das caras do amor
Tenho o sorriso solto, espalhado e louco
Partilhado nas correrias pelo corredor
Era a casa abrigo
E nela havia flores…
Eram as rosas inglesas que abriam o portão
E as sardinheiras em flor…
Tenho a rampa de entrada,
Na garagem, a porta rodava!
Cheirava a cola…
Nós no chão…
Bonecos, formigas e vizinhos…
Como explicar?...
Era esta a casa…
Absoluta!
Tenho no pátio-azálea a mesa redonda,
O Guarda-sol.
Os almoços únicos
e o chá das primas…
A marquise dos bonecos da mamã, esquecidos
E noutros dias, dos pardais vencidos,
Caleidoscópios…
viagens de mil cores…mais mil odores.
Tenho o cesto de basquete
Nas rodinhas a bicicleta…
Os arranhões dos coelhos na chegada a casa…
O vinagre intenso na cura da asa…
Tenho o sabor do sabão na cara
Na primavera eterna daquele quarto…
Os cabelos brancos e longos penteados na noite
Ao espelho antigo de camisa branca…
Tenho o acordar mais doce da minha vida
E a lágrima da saudade como prova amiga,
Tenho a sala minúscula no livro da Cinderela,
Tenho aquele regaço enorme,
O abraço dela…
Tenho as histórias sem fim no colo sentadas,
Televisão amarela a contar piadas,
A renda por cima sempre arranjada
O cheiro do pão... da roupa lavada
Trago na memória as flores,
Que rego hoje no meu jardim,
Recordo eternamente as cores, os sabores…
E tudo aquilo…
Eu Tenho em Mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário