13/07/2008

Acorda doce sonho, acorda...

A vigilia passa pelo nosso leito, das folhas, da terra em lama...
Eu caí ali, adormecendo nos teus braços.
O vento respira através da negra floresta,
A mão do vento move a roda das cortinas.
Amor… a bebida da minha vida…
Os poetas tocam-me o coração,
Acorda...acorda doce sonho!
Há uma mágoa no amor…
O coração não adormece…
Cansado de vaguear…
No comboio do esquecimento,
Nos braços da saudade…
Procuro o meu sentido.
Acalmar a tempestade.
O tempo passa e não me mente…
Acorda doce sonho, acorda…
O corpo dói-me lentamente,
Ouço no coração os passos da solidão,
Dirigem-se a mim…
E com as mãos cheias de nada,
Vou sofrendo devagar esta lição.
Acorda doce sonho, acorda…
Amor e bebida desta vida…
Acorda devagar a despedida…
Esta manhã já não ouço a canção…

2 comentários:

Anónimo disse...

E o Sonho acordando foi-se aconchegando, nas asas invisíveis do Espírito.

rute mar disse...

este texto é inspirado num texto estranho, amarrotado e escrito em "mau português", que me veio parar aos olhos á cerca de um ano atrás... mais tarde, dei por mim a escrever este, lembrando-me do que li e senti nesse texto... e esqueci-me de referir isso...