17/01/2009

aonde os meus pés estiverem...

Aonde os meus pés estiverem,

Aí estará a minha raíz, para me erguer e me lançar

Nas asas do vento, da chuva, do sol...

E quando os meus galhos abanam e estremecem,

É o meu tronco a sacudir os ramos

Os frutos e os talos,

Que só a lucidez já me quis...



E quando a minha voz faz questão de dar o meu silêncio

E o meu coração revelar o meu segredo, é que

A Lua virá para alternar as minhas marés,

E as estrelas guiarão os meus pés...



E quando o que em mim é Sagrado, se torna Profano,

É que, anunciada a Vida, tenho um querer mais cigano,

É que a luz destas noites me quer com mais clareza...

E nas veias do Mundo eu sou sangue que alimenta,

Sou coragem.



Que as estradas da Vida são uma eterna coragem...

E nelas se revela a nossa Natureza.


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